29/03/2015

O que é um planeta anão?


Plutão foi considerado um planeta do Sistema Solar até 2006, quando a União Astronômica Internacional (UAI) criou o termo planeta-anão para designar corpos celestes que orbitam o Sol e possuem gravidade suficiente para assumir uma forma com equilíbrio hidostático (aproximadamente esférica), porém possuem massa menor e não possuem uma órbita desimpedida, ou seja, em sua órbita existem outros corpos, os asteróides. Planetas anões também possuem satélites naturais. Plutão é muito menor que a Terra (12.750 quilômetros) e até mesmo menor que a Lua (3.480 quilômetros). Atualmente são reconhecidos cinco planetas anões: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris, mas existem outros corpos celestes candidatos a serem considerados planetas anões.


Leis de Kepler


Até o século XVI acreditava-se que a Terra era o centro do universo, teoria criada por Cláudio Ptolomeu no século II. Essa teoria chama-se  Geocentrismo. Porém, muitos cientistas contestaram o modelo e no século XVI finalmente Nicolau Copérnico deu início ao desenvolvimento e sustentação científica para a teoria chamada Heliocentrismo, na qual o Sol ocupa o centro do sistema planetário. Vale lembrar que nesse período (séculos XVI e XVII) a Igreja Católica controlava a produção cultural e científica e defendia a teoria do Geocentrismo e de que as órbitas dos planetas eram circulares. O astrônomo alemão Johannes Kepler demonstrou que a trajetória de um planeta ao redor do sol não era circular, e sim elíptica. Kepler formulou três leis que ficaram conhecidas como Leis de Kepler.

Primeira Lei de Kepler: Lei das Órbitas

  • Cada planeta gira em torno do Sol em uma órbita elíptica, com o Sol ocupando um dos focos da elipse.
Pelo fato das órbitas serem elípticas, há momentos em que os planetas ficam mais afastados do Sol (afélio), e momentos em que os planetas ficam mais próximos do Sol (periélio).
Quando a Terra está no periélio é verão para o hemisfério sul e inverno para o hemisfério norte (21 de junho), quando ela está no afélio é verão para o hemisfério norte e inverno para o hemisfério sul (21 de dezembro)

Segunda Lei de Kepler: Lei das Áreas


  • O raio vetor de um planeta descreve áreas iguais em tempos iguais.
O raio vetor de um planeta é o vetor que tem origem no Sol e extremidade no centro do planeta. A velocidade de translação do planeta é mais lenta no afélio e mais rápida no periélio, por isso que o inverno no Hemisfério Sul é mais longo (21/06 a 23/09).

Terceira Lei de Kepler: Lei dos Tempos



  • O quadrado dos períodos dos planetas é proporcional ao cubo de suas distâncias médias do Sol.





Ou seja, quanto mais distante um planeta estiver do Sol, maior será sua órbita e consequentemente maior será o tempo de sua translação.

As leis de Kepler não se aplicam somente aos planetas orbitando o Sol, mas a todos os casos em que um corpo celestial orbita um outro sob a influência da gravitação - luas orbitando planetas, satélites artificiais orbitando a Terra ou outros corpos do sistema solar, e mesmo estrelas orbitando outras estrelas.

Veja neste link uma simulação das Leis de Kepler sobre o movimento dos planetas. 

28/03/2015

Como a Lua influencia as marés


Maré é o movimento de subida de descida das águas do mar e de grandes lagos. As marés sofrem influência da Lua e do Sol, devido aos efeitos de atração que eles exercem sobre a Terra. Assim como a Terra atrai a Lua, fazendo-a girar ao seu redor, a Lua também atrai a Terra, só que de maneira mais sutil. O resultado dessa atração são as marés, devido à fluidez, com grande liberdade de movimento, da água. O Sol, mesmo estando mais distante da Terra do que a Lua, também influi no comportamento das marés, embora a atração solar corresponda a apenas 46% da lunar.

Podemos classificar as marés segundo sua altura ou segundo a fase da Lua:


Segundo a altura da maré:
  • Maré alta ou preia-mar: quando a água do mar atinge sua altura mais alta dentro do ciclo das marés. 
  • Maré baixa ou baixa-mar: quando a água do mar atinge sua altura mais baixa dentro do ciclo das marés.
Segundo a fase da Lua:

  • Marés vivas ou sizígia: Durante as fases de lua cheia e lua nova, a Lua e o Sol estão alinhados e os seus efeitos se somam, trata-se das marés vivas. Existe um comprovado aumento na atividade dos peixes quando ocorrem marés vivas, sobretudo se estas coincidem com o amanhecer ou com o ocaso, sendo estes os melhores dias para pescar.
  • Mares mortas ou de Quadratura: Durante as fases de quarto crescente e quarto minguante, ao contrário, os efeitos se restam obtendo-se maré de menor amplitude, denominadas marés mortas.O movimento no fundo do mar costuma ser menor e normalmente são resultado de dias menos propícios para a pesca que os dias de marés vivas.

Eclipse Lunar


Eclipse lunar é o fenômeno que ocorre quando a Terra está posicionada entre a Lua e o Sol, nas fases de Lua cheia ou nova. A Terra projeta uma área de escuridão sobre a lua que possui duas regiões: a umbra, onde há sombra total, ou seja, o planeta bloqueia todos os raios solares, e a penumbra, uma especie de escuridão parcial.



Tipos de eclipses lunares:


Eclipse parcial: quando somente parte da Lua passa pela umbra, e o resto passa pela penumbra, o eclipse é parcial.
Eclipse penumbral: se a Lua passa somente na penumbra, o eclipse é penumbral. Um eclipse penumbral é difícil de ver diretamente a olho nu, pois o brilho da Lua permanece quase o mesmo.
Eclipse total: Um eclipse total da Lua acontece quando ela fica inteiramente imersa na umbra da Terra. Um eclipse total é sempre acompanhado das fases penumbral e parcial. Durante a fase total, a Lua aparece com uma luminosidade tênue e avermelhada. Isso acontece porque parte da luz solar é refratada na atmosfera da Terra e atinge a Lua. Essa luz está quase totalmente desprovida dos raios azuis, que sofreram forte espalhamento e absorção na espessa camada atmosférica atravessada.


                                  

Eclipse Solar






Eclipse solar é o fenômeno que ocorre quando a Lua fica posicionada entre a Terra e o Sol. Durante o eclipse solar, duas áreas bem definidas são projetadas na superfície terrestre: a umbra e a penumbra. A área umbral é a área que fica totalmente escura durante o eclipse, e a área penumbral é aquela onde o eclipse ocorre apenas parcialmente, com uma breve sombra. Como o plano de órbita da Lua em torno da Terra não coincide com o do planeta em torno do Sol, pois há uma inclinação de aproximadamente 5 graus, o fenômeno não ocorre com tanta frequência.

Esquema explicativo de um eclipse solarExistem quatro tipos de eclipses solares:
 Eclipse total: quando toda a luz do Sol é ocultada pela Lua;
Eclipse parcial: quando apenas uma parte da luminosidade solar é ocultada pela Lua;
Eclipse anular: quando o tamanho da lua não é suficiente para encobrir toda a área do Sol, formando um "anel" em volta do satélite natural da Terra.
Eclipse híbrido: quando o eclipse é total em alguns pontos de visão e anelar em outros, em virtude do grau de inclinação da órbita lunar.


Os maiores eclipses do séc. XXI


  • O eclipse solar com o maior tempo de duração na fase de total escuridão num eclipse total do Sol, no século XXI, aconteceu em: 22 de julho de 2009, com 6m39s
  • O eclipse solar anelar com a maior duração na fase anelar no século XXI aconteceu em:15 de janeiro de 2010, com 11m08s



Asteroides

  • O que são? 
Asteroides são corpos rochosos e metálicos que orbitam o Sol. Muito pequenos para serem considerados planetas, mas são maiores que os meteoros. Possuem diversos tamanhos: de Ceres, que tem um diâmetro de cerca de 1000 km, até o tamanho de pedregulhos. São formados por sobras do processo se formação dos planetas rochosos como Terra e Marte.

  • Onde localizam-se? 
São encontrados desde dentro da órbita da Terra até além da órbita de Saturno, porém estão mais concentrados no "Cinturão de Asteroides", região entre as órbitas de Júpiter e Marte.

  • Diferença entre asteroide, meteoro e cometa: 
Cometa: é uma grande bola de gelo formada pela junção de vários gases, resultado do processo de formação dos planetas gasosos.

Meteoro: é o nome do fenômeno luminoso que ocorre na atmosfera terrestre resultante do atrito de um corpo sólido do espaço com os gases da atmosfera. O corpo sólido proveniente do espaço chama-se meteoróide, e é menor que o asteroide. Os meteróides, ao penetrarem na atmosfera, dão origem aos meteoros, que ao chegarem na superfície terrestre recebem o nome de meteoritos.

  • A rocha espacial que atingiu a terra causando a extinção dos dinossauros: 
Muitos cientistas consideravam que um asteroide teria sido o responsável pela extinção dos dinossauros, porém um estudo recente feito por uma equipe do Darthmouth College, universidade nos Estados Unidos, concluiu que a cratera Chicxulub, no México, foi criada por um objeto menor: um cometa. A rocha teria caído há 65 milhões de anos e a cratera possui 180 km de diâmetro. A enorme colisão teria gerado incêndios, terremotos e imensos tsunamis. O gás e a poeira lançados na atmosfera teriam contribuído para a queda das temperaturas globais por muitos anos.